Etiquetas

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Jornalismo e a internet em Cabo Verde




Jornalista
Hoje em dia, em países mais desenvolvidos é praticamente impossível pensar o jornalismo à margem dos progressos tecnológicos e da revolução digital das últimas décadas, dado ao seu impacto na atividade dos jornalistas e no quotidiano das redações, que enfrentam, agora, um período de acelerada transformação.

É que, por força da ascensão da Internet e do desenvolvimento do World Wide Web, assiste-se à migração dos meios tradicionais para o digital e ao surgimento de várias publicações nativas.
Estas tendências levam vários autores e estudantes de jornalismo a falar de uma nova modalidade jornalística, em eminente diálogo com a tecnologia – o webjornalismo, jornalismo online ou digital, sendo ciberjornalismo a designação mais usada entre académicos e profissionais, na comunidade lusófona, em que Cabo Verde está inserido.

De facto, à medida que o mercado tecnológico amplia a gama de inovações, novas possibilidades de produção e distribuição de conteúdos se afiguram para o jornalismo, a nível mundial, de tal maneira que a atividade tem-se redesenhado ao ritmo da tecnologia.
 Mas em Cabo Verde parece que o jornalismo está parado no tempo e que os profissionais dos média ignoram o papel central que a internet e a tecnologia assumiram na redefinição das práticas jornalísticas.

Acredito que já é hora de nós jornalistas, assumirmos esta mentalidade em Cabo Verde.  Que os nossos sites de notícias deixem de ser apenas lugares onde são transpostas notícias do papel.
 O jornalismo online é mais do que isso, é a convergência entre o texto, o som, o vídeo, a fotografia e até mesmo infográficos. Enfim, acredito que o nosso jornalismo está sendo desafiado a reinventar-se, no sentido de oferecer aos cidadãos novas experiências de consumo informativo e de estabelecer com eles um diálogo mais efetivo.

São precisas reportagens interativas, capazes de potenciar o nível de atividade dos leitores que, desta forma, se tornam protagonistas de processos de leitura singulares, pelos quais reconstroem as histórias, à medida da sua subjetividade.
Precisa-se de trabalhos jornalísticos onde cada leitura poderá representar a construção de um caminho multimédia único, orientado para os detalhes ou pontos fortes da narrativa jornalística.

É claro que o sucesso do webjornalismo deve, por isso, passar pela preparação dos jornalistas para a nova realidade digital, através da formação de profissionais capazes de interpretar e produzir conteúdos que integrem as especificades da linguagem da Web.
 Este parece-me ser o caminho para a inovação da oferta jornalística, assim como para o desenvolvimento de um modelo de negócio capaz de garantir a sustentabilidade do setor.

Por: Geremias Furtado

Sem comentários:

Enviar um comentário

Santa Cruz celebra dia do Desporto cabo-verdiano

Achada Fazenda Aconteceu, hoje, 11 de Outubro, pelas 9 horas, no Estádio 25 de Julho, em Santa Cruz, a comemoração do dia Nacional do D...